NDPEC – [Há muito tempo atrás, em uma galáxia não muito distante, antes de todo e qualquer aplicativo de bate-papo, havia apenas o telefone, as universidades e os grupos do yahoo (groups), entre vários profissionais buscando informações entre Engenheiros e Tecnólogos em Saúde , atual “Tecnólogos em Sistemas Biomédicos”, oriundos da cidade de Sorocaba, quando os monitores da Dixtal ainda era de tubo, lá estava ele, Tarik com seu famoso VIVA!]
Tarik Zainadine Ustá tem 49 anos é engenheiro eletrônico com ênfase em telecomunicações formado pela Escola Superior de Ciências Náuticas em Maputo capital de Moçambique continente Africano com uma população em torno de 1 088 449 de habitantes.
NDPEC – Tarik, primeiramente é um orgulho imenso iniciar essa série de entrevistas do NDPEC com você, você é um profissional que todos que garimpavam informações sobre engenharia clínica nas redes a quase 20 anos atrás te conhecem, então vamos lá, qual foi seu primeiro contato com a Engenharia Clínica?
Tarik – Conheci a engenheira clínica no portal do LinkedIn.
NDPEC – Como iniciou sua carreira na engenharia clínica?
Tarik – Está pergunta não vou conseguir responder porque aqui em Moçambique não temos engenharia clínica.
NDPEC – Como é seu país, sua cidade e o sistema de saúde dela?
Tarik – Moçambique é um País de África, de oportunidades para se desenvolver, apesar da situação política atual muito complicada, o sistema de saúde é uma luta longa de se melhorar ainda há muito que trabalhar e minha cidade é Maputo a capital do País.
NDPEC – Como é o hospital que trabalha?
Tarik – O hospital onde eu trabalho é um hospital público, hospital geral José Macamo.
Ficha técnica: 350 leitos.
Especialidades: ginecologia e obstetrícia, pediatria, cirurgia, oftalmologia, fisioterapia, otorrinolaringologia, nutrição, cardiologia, dermatologia, gastrologia.

Fonte: Jornal O País
NDPEC – O sistema público de saúde sempre encontrará dificuldades em comum, como é o processo de implantação de novas tecnologias em seu hospital?
Tarik – Sendo um hospital público as tecnologias são muito difíceis de serem implantadas, há muitas barreiras sendo uma das principais a falta de orçamento.
NDPEC – Você desde sempre teve uma relação de contatos com Brasil, como isso aconteceu?
Tarik – Os contatos com o Brasil ocorreram através de redes sociais como LinkedIn e os antigos fóruns de discussões grupos de engenharia clínica no Yahoo, Facebook.
NDPEC – Oque vc espera para o futuro da engenharia clínica em Moçambique?
Tarik – Bem , o que eu espero, que a engenheira clínica em Moçambique vai melhorar muito o sistema de saúde, vai dar oportunidade aos jovens se formar e serem empreendedores e criar postos de trabalho na área da saúde no âmbito de empreendedorismo em saúde.
NDPEC – Quais são as maiores dificuldades de implantar um serviço de EC em Moçambique?
* Tarik – As principais dificuldades são:
* Falta de conhecimento;
* Divulgação;
* Os gestores como ministros, diretores, administradores hospitalares, médicos, enfermeiros e os profissionais de saúde não têm e a maioria não sabem acerca da engenharia clínica.
Mas também a falta de vontade de poder implantar.
NDPEC- Vamos trabalhar juntos para divulgação e disseminação de conhecimento Tarik, muito obrigado e conte conosco.